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segunda-feira, 4 de abril de 2016

MULHER, QUE MARAVILHA!

O título era Batman x Superman, mas nenhum dos dois apareceu. 

Tinha dois caras vestidos com as roupas deles, muito estranhos. 


O "batman" não se barbeava por baixo do "capacete do Homem de Ferro" e era burro. 


O maior detetive do mundo sumiu. Deixaram um cara vingativo, cheio de ódio, tomando atitudes de vaca braba, sem usar o bestunto, só porrada, um coxinha rico, amargo, decadente e se achando. Era o Lobão de armadura. 


O outro, o super, morreu duas vezes. Uma, ressuscitou em pleno filme, no espaço. A próxima ressuscitação vai ser em outro filme. 


Ele é o Carl El, filho de Jor El, nomes judaicos pra explicitar que ele é Jesus, o filho de Deus (ou o próprio, em forma de homem) que veio à Terra para salvar a humanidade. 


Mas, nesse filme, por mais que ele fizesse o bem, fundasse o Proune, o FIES, o Minha Casa Minha Vida, desse Bolsa Família pros mexicanos, a mídia e a Justiça não saíam do pé dele, com ódio e inveja. 


Depois de fazerem o filme do Lincoln caçador de vampiros, do João e Maria action figures, da Branca de Neve guerreira com seus anões lutadores, estava faltando fazer um filme de Jesus que fica puto da cara. 
Reciclagem de monstro, a la Irwin Allen.

Pra dar algum molho no filme, contrataram um monstro que estava desempregado, precisando sustentar a família, desde que lutou contra o Hulk num filme ainda da Fox. 

A Mulher Maravilha laçou o monstro e cortou uns pedaços dele com a espada, sem ajuda de ninguém, sem renunciar, sem sofrer impeachment, mostrou que é boa de luta e que vai fazer um filme bom de se ver. 


Aquaman apareceu num arquivo de computador, numa prévia da Liga, mas já deixou claro que vai ter problemas com a peruca como o National Kid tinha com a capa. 


A Warner fez três tentativas de humor. 


Uma, quando "batman" cai em cima da mãe do super e diz "sou amigo do seu filho" e ela retruca "é, percebi pela capa" . O que faz a gente lembrar que, na Marvel, só quem usa capa é o Thor, porque não é daqui. E também cai a ficha que o nome tanto da mãe do bat quando do super é Martha, mas uma é morta.




Duas, quando o bat pergunta pro super, depois de ambos arregalarem os olhos com a Maravilha da Mulher, "ela está com você?" E o super retruca "pensei que ela estivesse com você!" 


Três: o tempo todo o Alfred cutucando o bat que ele precisa arrumar alguém pra criar uma nova geração de Waynes e pra não ficar tudo em cima dele, pra lavar, passar, cozinhar e trocar o óleo do batmóvel. Enquanto isso, lá em Metrópole, o super mostra que é proletário, que frita seus próprios ovos, sem camisa, leva bronca no emprego e ainda arranja tempo pra dar uns amassos na galega dele.


Fim. 


Dei 30 contos pra Warner ontem e não levo comigo uma única cena do filme que me ajude na semana, que me faça refletir. Pelo contrário: no final do filme, meu filho disse: "eu não entendi porque eles brigaram". 


Se "batman" usasse a inteligência do meu filho de 7 anos, realmente, não havia motivo. 


Uma pancadaria gratuita e só. UFC. Tristes tempos.