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sábado, 30 de novembro de 2013

2024

Sobraram poucos focos de resistência, tipo Uganda, Tuvalu, Japão e menos da metade da Ilha de Man. A maioria do resto do planeta é gay. É o planeta mais gay de toda a galáxia. Nunca antes na história desse universo pudemos ter tanto orgulho de sermos o que somos.

Depois de mais de uma década de baixas para a AIDS, de Rock Hudson e Freddy Mercury a Cazuza e Renato Russo, o Gay Power retomou a ofensiva na midia no final dos anos 90 do século passado e foi bem sucedido em convencer que ser gay era cool e ser hétero era obsoleto e démodée.

Os poucos héteros eram ridicularizados na rua e dificilmente conseguiam emprego. Alguns héteros fingiam ser gay para se dar bem na vida. Em 2020 as bandeiras dos países passaram a ser reestilizadas, com muitas listras coloridas, para simbolizar o novo sistema dominante e glorioso da humanidade. 


Santa Maria, Pinta e Nina já portavam bandeiras gay.
A história foi reescrita para ser mais fiel à ma-ra-vi-lho-sa atmosfera geral de descontração e alegria. Só falta reescrever a Bíblia.

A história sempre for escrita pelos vencedores, portanto os livros escolares passaram a retratar a verdade escondida durante muito tempo dentro do armário: os gays sempre estiveram por trás de todos os avanços, desde as artes, passando pela ciência, a economia, a política, os esportes e, principalmente, os militares, que passaram a se revelar sem frescura. 


Gays celebram a vitória na Segunda Guerra.
Foram feitos filmes e documentários para mostrar como grandes estrategistas, desde Alexandre o Grande Gaysaço que conquistou toda a Ásia, foram responsáveis pelas mais belas páginas dos nossos saberes. 

Santos Dumont, Leonardo Da Vinci, Zorro, Batman e Robin, os três porquinhos, Matusalém, Ataualpa, Milli e Vanilli, Xena e Gabrielle, Jim Parsons, os Teletubbies, tudo gay. Todos paradigmas, todos modelos exemplares a serem imitados. Tudo gente de sucesso. 

Ser gay passou a ser destaque. Ser gay é sinônimo de auge da evolução humana, como aliás, já havia sido na Grécia antiga, entre os aprendizes de filósofos, que deram ao mundo em abundância os conhecimentos que nos guiam até hoje, no terceiro milênio.


A NASA escondeu: houve uma Apollo 24 na Lua.
Atualmente, em nome da igualdade de direitos, algumas redações de revistas e jornais, como a Folha de S.Paulo, reservam uma pequena porcentagem de cotas para os poucos jornalistas que ousam se declarar héteros. 

O mesmo ocorre com as cotas para escritores de novelas da Globo, embora com mínimas possibilidades de serem preenchidas.


Agora é consenso: no Paraíso era Ada e Eva.
Alguns parlamentares e religiosos gays radicais defendem uma "cura heterossexual" por meio de um tratamento, que seria bancado pelo Estado, em um dos vários Centros de Internação Especializada Compulsória, como o da rua Frei Caneca, em São Paulo, de Campinas, de Pelotas, de Salvador, e os centros internacionais de referência de Paris e San Francisco. 

Bastariam alguns meses de internação para os indivíduos emergirem sensíveis, criativos, emotivos, carinhosos, "normais" e úteis ao sistema gay da sociedade.

O planeta Terra agradece: adeus aos problemas de controle demográfico. Com predominância de casais de homem com homem e mulher com mulher, há uma tendência de decrécimo da população. 


Encontrado exemplar da G Magazine em papiro.
A exaustão dos recursos do mundo deixa de ser uma preocupação. Haverá menos crianças e mais abundância. O retorno ao Paraíso é a nova tendência.

Contudo, alguns psicólogos insistem que heterossexualidade não é doença, portanto não é possível alguém ser curado disso. Mesmo os psicólogos gays concordam com isso mas divergem na origem: a heterossexualidade é característica de nascimento, é adquirida pelo convívio social ou é opção de vida? 


Há 4 anos George Takei era eleito.





A discussão é infindável e promete desafiar o tempo. Enquanto isso, o ainda incipiente movimento MFSH (Machos, Fêmeas e Simpatizantes do Heterossexualismo) promove panfletagem de suas ideias em portas de faculdades, estádios e saídas de estações do metrô. 

Em Goiânia e Cuiabá, o MFSH conseguiu desafiar a polícia gay e promover uma breve passeata nas principais ruas da cidade, tendo como inspiração o ocorrido recentemente em Dallas e Teerã. 

São incidentes, entretanto, considerados isolados. Não há nada que justifique qualquer preocupação das autoridades gays. 

A sociedade gay como um todo está garantida em seus alicerces sólidos. O grande irmão gay está de olho em tudo. Jamais verás planeta com este, imita na alegria a Terra em que nasceste!


George Takei concorre à reeleição.
George Takei em campanha para um segundo mandato.

George Takei confia no apoio dos trekkers para se reeleger.
George Takei pede apoio aos Escoteiros Gays da América.
George Takei seduz partidários do Homem-Aranha para sua campanha.


O preço da liberdade é a eterna vigilância. A sociedade gay pode ficar tranquila que a paz e nossos bons costumes estão assegurados por um sistema atento e eficiente.


sábado, 2 de novembro de 2013

QUEM?

Adel, meu amigo, socorro! Eu senti a morte. Passei a semana inteira deprimido, perdido, em crise, repensando meus valores, remexendo no meu baú, nas minhas memórias, no meu coração. Eu vi o nada de perto. A inutilidade. O finito. A desexistência. Sim, criei a palavra agora, por necessidade de expressão.

No meio de uma aula para uma turma do curso de Comunicação, em que eu falava que a Mafalda, do Quino, não era uma história em quadrinhos para crianças, pois era muito politizada, engajada e só seria compreendida por adultos e mesmo assim por adultos com consciência política, eu comparei o argentino Joaquin Lavado com o Henfil, cujos quadrinhos (Fradim, Graúna, Zeferino, Bode Orelana) também tem mensagem distante do público infantil e, portanto, é errado supor que histórias em quadrinhos sejam apenas uma forma de comunicação que visa atingir crianças e adolescentes.


Quem? Uma sala de uns 15 alunos, todos com cara de morro dos ventos uivantes. Ninguém nunca tinha ouvido falar no Henfil. Não tinham a mais leve referência. Até eu tentar arranhar com uma voz de Elis Regina o verso "do irmão do Henfil, com tanta gente que partiu num rabo de foguete", da letra de "O Bêbado e o Equilibrista" de autoria de Aldir Blanc e João Bosco. Ah... Caiu um fichinha levemente na turma. Fiquei arrepiado! Achei que eles estavam de brincadeira comigo! Como alguém pode nunca ter ouvido falar do Henfil?!?

Perguntei para outras pessoas do meu convívio e o resultado continuou assustador. Fui até uma loja na Augusta, sebo de quadrinhos, e perguntei para a moça no balcão "o que você tem do Henfil?". E ela: "é tudo junto?" - tentando escrever no computador para procurar no estoque. Antes que ela soletrasse "enfiu" ou "hein, fio", eu ajudei. Não apareceu nada no estoque da loja inteira, entupida de revistas e livros, cadastrado com esse nome. Cheguei a pensar que, talvez, ao invés do nome do autor, pudesse haver algum cadastro para o título "Fradim", mas desanimei, desisti e fui embora.

Hoje de manhã fiz outro teste: perguntei para uma classe de 48 alunos do curso de Jornalismo. Cinco almas se salvaram, finalmente. Uma moça ainda lembrou que, não muito longe daquela faculdade, no Centro Cultural Vergueiro, tem a Gibiteca Henfil. "Só nunca ouviu falar o nome quem nunca foi lá", disse a moça. Um anjo. Me veio lágrimas aos olhos (baita pleonásmo, mas do fundo da alma). 

Pesquisando na internet, descobri também o Instituto Henfil, que tem um cursinho pré vestibular (e pré Enem) em 11 endereços na região metropolitana de São Paulo. A proposta da escola é preparar jovens para as faculdades por uma mensalidade bem baratinha, na faixa dos R$ 170, só para cobrir os custos de manutenção. Te juro que me deu uma vontade enorme de encontrar um tempo de ir lá me voluntariar. Talvez da meia-noite às seis da manhã :) Mas descobri que eles estão relançando as revistas da coleção Fradim como forma de angariar recursos. Vão ser 31. Por enquanto já saíram 15. Cada uma custa R$ 15 ou quatro edições fora de sequência por R$ 50. Eu vou lá comprar todas e adotar em sala de aula como material didático no próximo semestre.

Se o Henrique de Sousa Filho que viveu e morreu pelo Brasil em 43 anos e 11 meses de existência (ele morreu em 4 de janeiro de 1988 e faria 44 no dia 5 de fevereiro, aquariano como todos os meus três filhos), depois de contrair AIDS por meio de transfusão de sangue por ser hemofílico, da mesma forma que seus dois irmãos, o Betinho (da música) e o músico Chico Mário, escreveu sete livros (entre eles "Diário de um Cucaracha", de 1976, "Henfil na China", de 1980 e "Diretas Já", de 1984, que eu li e reli e não sei onde estão, se na casa da minha mãe ou da minha ex, ainda vou procurar), fez um filme ("Tanga - Deu no New York Times"), fez o programa TV Homem dentro do TV Mulher (apresentado por Marília Gabriela, com a sexóloga Marta Suplicy dando conselhos) nas manhãs da Rede Globo, que ganhou o Prêmio Vladimir Herzog em 1981 pelo conjunto de sua obra, cujos personagens viraram peça de teatro ("Revista do Henfil"), foi fundador do PT e ilustrou as publicações de todos os sindicatos vinculados à CUT, trabalhou no Pasquim (ao lado de Ziraldo, Jaguar, Millôr, Ivan Lessa, Paulo Francis etc)... Se um cara com uma biografia dessa não tem história suficiente para ser lembrado, eu, que já vivi dez anos a mais que ele e não não tive uma trajetória tão iluminada, inexisto. Uma desimportância atroz. Absurdo.

Por outro lado, há malas que vão pra Belém e a indignação me tirou do beco mental. Eu andava meio borocochô, desmotivado com este blog, não postava nada há três meses e vinha sendo cobrado por alguns dos meus 17 bravos seguidores. Eis que o tema mexeu profundamente comigo, me deu um gás e estou de volta ao teclado.

Adel, eu me lembro quando a gente, adolescentes, em plena ditadura militar, se juntava para ler o Pasquim, para venerar o Henfil e o Paulo Francis e tudo aquilo, ouvindo Suzi Quatro e Led Zeppelin (que ninguém é de ferro). Aquilo entou nas nossas veias. É uma grande parte do que nos tornamos. Nos inspirou a fazer o nosso Estopim (já escrevi aqui antes, em fevereiro deste ano), em Granada, em Rio Preto, aí em Jacareí... 

O que, talvez, você não saiba, é que eu tornei o próprio Henfil um personagem de história em quadrinho imitando o traço dele mesmo. As tiras foram publicadas no Diário da Região, de São José do Rio Preto, há 25 anos. Fuçando nas gavetas (depois de ter mudado de casa seis vezes), encontrei algumas. Chamei as tirinhas de "Muda Céu", que, no começo, eram ancoradas pelo Tancredo Neves. Henfil assumiu o posto depois que chegou ao céu.

ERA UMA VEZ, um país chamado Brasil na segunda metade dos anos 1980...

Depois do palanque das Diretas Já, em 1984, entre Ulysses e Sarney, Tancredo, vencido pela diverticulite, foi chamado ao céu. Aí começa nova campanha.
O morre-não-morre e o estado de comoção nacional dorou vários plantões do Jornal Nacional.
Teotônio Vilela (desenhado igual o da capa do livro "Diretas Já", de 1984, do Henfil).

Ivete Vargas ganhou na justiça o direito de usar a sigla histórica PTB que o Brizola tanto queria e ele teve de inventar um PDT.

Glauber Ronha apresentou um programa interessante na TV Tupi antes das luzes se apagarem: "Abertura".
Ninguém sabe ao certo como teria sido a aparência do Tiradentes. O visual barbudo e manto branco atribuído em algumas obras de arte, e que passou para a história, parece ter sido inspirado em Jesus (que, também...)

Reza a lenda que Tancredo, que foi ministro da Justiça e Negócios Interiores de Getúlio Vargas, ficou com a caneta dele.

O poeta, compositor e diplomata Vinícius de Moraes fez, entre outras, a músiva "Garota de Ipanema" (desculpem as legendas extremamente didáticas, os que não precisam delas - estou tentando reverter a ignorância universitária brasileira).
Aureliano Chaves foi governador de MG, vice-presidente do último governo da ditadura militar e ministro das Minas e Energia do primeiro governo civil eleito indiretamente (Sarney). Como ministro, criou o "horário de verão".


 Assis Chateaubriand, fundador (em 1950) e dono da primeira TV do País (Tupi) foi dono de mais de 100 jornais, emissoras de rádio e TV, revistas, agência telegráfica e fundador do MASP.
Chico Xavier ainda estava em Uberaba quando eu fiz essa tirinha.
Contrabando via Paraguai era a regra para se conseguir de calças Lee a aparelhos eletrônicos.


Juscelino Kubitschek tinha como lema "50 anos em 5" para acelerar o desenvolvimento do Brasil. Ele construiu Brasília, levando a capital do Rio para lá e inaugurou a indústria automobilística.
 Outro mineiro, Santos-Dumont, morava em Paris (França) e inventava balões e aviões.
A inflação durante o governo do Sarney (Plano Cruzado) passava de 20% AO MÊS! Em 1989 (antes do Plano Collor) chegou a 84% ao mês.
Garrincha, que jogava pelo Botafogo, fez um filho (Ulf Lindberg) na Suécia durante uma breve excursão do time por aquele país em 1959.


Adoniran Barbosa era o nome artístico do paulista João Rubinato e ficou conhecido nacionalmente como "pai do samba de São Paulo".
Walt Disney, Carmen Miranda e o Bando da Lua.
John Lennon e a letra da canção "Imagine".
Elis Regina, Marilyn Monroe e Getúlio Vargas.

A imagem de George Washington, primeiro presidente dos Estados Unidos, estampa a nota de 1 dólar americano. A dívida externa brasileira com o Fundo Monetário Internacional (FMI) e credores privados é escriturada em dólares americanos.
 O ator e dançarino (sapateador) Fred Astaire protagonizou o filme "Cantando na Chuva". Na segunda metade dos anos 1980, os brasileiros precisavam pagar para o governo se quisessem viajar para o exterior: chamado eufemísticamente "empréstimo compulsório" (jamais devolvido).

O escritor nacionalista Monteiro Lobato colocou em suas obras referências a contos europeus.
Em total "liberdade poética" reuni Albert Eisntein, Tiradentes e Leonardo da Vinci pelo único aspecto que teriam em comum. Por esse critério, poderia ter incluído Jesus Cristo na banda, mas não quis complicar minha vida. No primeiro Rock In Rio, em janeiro de 1985, Tancredo Neves havia acabado de ganhar de Paulo maluf nas eleições indiretas, começando o processo de abertura política tão esperado. Todos os jovens que estavam ali assistindo aos shows eram obviamente favoráveis à renovação, mas Tancredo, muito mal assessorado, soltou a pérola: "A minha juventude, a juventude por quem tenho apreço, respeito e admiração, não é a do Rock in Rio, é a do estudo, do trabalho, do sofrimento, da luta..." Perdeu uma boa oportunidade de ficar calado.
Referências a Aécio Neves e Genival Lacerda.

Referência ao programa "Conversa ao Pé do Rádio", do presidente Sarney.

Glauber Rocha.
Napoleão, Hitler, Gengis Khan, Tancredo, Juscelino, Chateaubriand, todos na mesma nuvem.
Chateaubriand, Adoniran, Tancredo, Garrincha (ele chamava todo jogador adversário de João).
Chico Xavier e o editor do jornal Diário da Região, de São José do Rio Preto (SP), no final dos anos 1980, Mário Luíz.
O presidente Sarney quase leva uma bolada do céu.
O ex-presidente francês Charles de Gaulleatribuída a ele a frase que o Brasil "não é um país sério").
O fora-de-série Flávio Cavalcanti, Henfil, Chacrinha, Dilson Funaro (ministro da Fazenda que congelava o preço de tudo durante o Plano Cruzado e dono da Trol, indústria de utensílios domésticos em plásticos e brinquedos) e a mavilhosa atriz Dina Sfat
 O general Golbery do Couto e Silva foi a "inteligência" por trás dos cinco presidentes militares durante os 20 anos de ditadura (e esteve também ligado aos acontecimentos políticos e militares brasileiros desde a Segunda Guerra Mundial).  "Pra Não Dizer Que Não Falei das Flores" (título da música cujo verso inicial é "caminhando e cantando e seguindo a canção...") é uma referência a Geraldo Vandré.
 "Filhos de Gandhi" é um bloco carnavalesco da Bahia, fundado em 1949, com 10 mil integrantes, formado exclusivamente por homens inspirados pelos princípios de não violência e paz do Mahatma Gandhi.
 Zeferino e Graúna versus Mickey e Pluto, desenhados por seus autores em um desafio observado por Teotônio Vilela.
 Henfil, Getúlio e Tancredo observam o Marechal Deodoro da Fonseca batendo cabeça.
 Lobato, Chateaubriand, Chico Xavier, Getúlio, Tancredo e Henfil comentam a demolição do Muro de Berlim.
 O ator Rock Hudson interpretou no cinema tipos machões sedutores de belas mulheres, de cowboys a policiais (McMillan). Quando ele morreu, vitima de AIDS, e veio a público detalhes de sua vida pessoal, longe das câmeras, foi um choque para a época. Ele só assumiu a doença três meses antes de morrer.
 Hirohito teve o reinado mais longo de todos os imperadores japoneses: mais de 62 anos, até sua morte, em janeiro de 1989.
Não tenho certeza se essa foi a última que fiz, não lembro. Foi o que eu encontrei. Se eu tivesse continuado, provavelmente teria incluído novos personagens, como o Ulysses Guimarães, o Severo Gomes, o Leonel Brizola e as meninas Hebe, Nair Belo e Dercy Gonçalves. Hebe talvez tivesse sua própria nuvem com um sofá onde receberia convidados para um bate-papo. Mas isso é outro assunto.

Ainda sobre o Henfil, olha só o email que acabo de receber de um aluno (omitindo o nome dele, claro): "Olá Professor Ralfo, Estou encaminhando este e-mail porque na última aula eu não compareci e  me passaram que foi pedido uma uma pesquisa.  Gostaria de saber se o senhor poderia me passar este tema. O tema da Pesquisa que me passaram é "Infio, Imfio, Infil", só que foi na fala, nada escrito, por isso a minha dúvida, ou seja, se o senhor puder passar o tema correto agradeço."

Adel, vou tentar não esmorecer. Quem sabe a gente consegue reverter um pouco. Vou terminar por aqui com dois pensamentos inspiradores atribuídos ao mestre Henfil, em sua memória.

"Por muito tempo, eu pensei que a minha vida fosse se tornar uma vida de verdade.
Mas sempre havia um obstáculo no caminho, algo a ser ultrapassado antes de começar a viver, um trabalho não terminado, uma conta a ser paga. aí sim, a vida de verdade começaria. 


"Por fim, cheguei à conclusão de que esses obstáculos eram a minha vida de verdade.
Essa perspectiva tem me ajudado a ver que não existe um caminho para a felicidade.
A felicidade é o caminho! Assim, aproveite todos os momentos que você tem.
E aproveite-os mais se você tem alguém especial para compartilhar, especial o suficiente para passar seu tempo; e lembre-se que o tempo não espera ninguém.
Portanto, pare de esperar até que você termine a faculdade; até que você volte para a faculdade; até que você perca 5 kg; até que você ganhe 5 kg; até que seus filhos tenham saído de casa; até que você se case; até que você se divorcie; até sexta à noite até segunda de manhã; até que você tenha comprado um carro ou uma casa nova; até que seu carro ou sua casa tenham sido pagos; até o próximo verão, outono, inverno; até que você esteja aposentado; até que a sua música toque; até que você tenha terminado seu drink; até que você esteja sóbrio de novo; até que você morra; e decida que não há hora melhor para ser feliz do que agora mesmo...
Lembre-se: felicidade é uma viagem, não um destino."

Henfil

"Se não houver frutos, valeu a beleza das flores; se não houver flores, valeu a sombra das folhas; se não houver folhas, valeu a intenção da semente."

Henfil